Hoje estamos aqui reunidos para treinar a mente esquecida. As pessoas nos procuram com os mais diferentes propósitos, melhoria financeira, outros em busca da saúde melhor, outros por curiosidade, procuram armas até então desconhecidas. Armas mentais. Não importa o objetivo que te trouxe aqui. Eu também como instrutor prometo tudo, vocês conseguirão tudo o que quiserem, depende só de vocês. Para que seu objetivo seja alcançado rapidamente, para obter o autocontrole, o autoconhecimento, vai depender de cada um de vocês.
Peço a vocês que aguardem até domingo. Vocês devem perguntar, porque treinar a mente? A resposta está no homem. Mas que homem? Aquele descende do macaco? Ou mais modernamente, de seres extra terrestres? Não importa. O que importa é o que esse homem tem feito. Basta ver o panorama mundial, guerras e mais guerras, massacres, concorrência desleal. E o homem evolui? Sim, mas ele massacra aquele que chama de irmão.
Vamos ver o que acontece nas diferentes classes sociais:
1.Classe A – Está em busca de matéria e poder.
2.Classe B – Também está em busca de matéria, mas ela olha para a classe A e quer mais matéria e poder.
3.Classe C – Deseja condição de vida melhor.
Vamos ver o que faz o homem da classe B, ele desfraldar uma bandeira branca onde se lê paz, amor e fraternidade, saí em busca do homem da classe C para alcançar seu objetivo. Mas, como é essa subida? É pisando nos outros, ludibriando aquele que ele chama de irmão. E quando chega à classe A ele rasga a bandeira branca e com o mastro passa a desferir golpes nos da classe C “sai, sai, saia do meu pé que agora você me atrapalha” e aí advém as chacinas, as armas usadas foram o cinismo, o egoísmo, a falta de escrúpulos, para ter, ter e ter. Tudo isso gera medo nesse homem, medo do que ele está fazendo. E os outros também ficam com medo, medo da ação e da causa.
Vocês vêem isso todos os dias através de jornais, revistas e principalmente televisão onde existem os programas mais disparatados. Você liga a televisão e vê que vai passar um show de Las Vegas com muita luz, dança, movimento, um espetáculo rio para seus olhos, num determinado momento anunciam o ponto culminante do programa, vão entregar um troféu para quem apresentar maior número de casamentos e divórcios. Aí você muda de canal e vê outra reportagem de criancinhas abandonadas, na sarjeta, pele e ossos, verdadeiros espectros humanos e líderes que para se manterem no poder passam bala em tudo e todos.
Usam a tecnologia para se manterem no poder, passando bala em tudo e todos, pouco se importando se os atingidos são velhos, mulheres e crianças. Usam a tecnologia para cada vez mais pisar. É desse homem que estamos falando, usa o objetivo para ter, mata seus próprios irmãos, ele é preparado única e exclusivamente para ter. O jovem se prepara para um dia vir a obter.
A propósito, vamos ver este verbo: OB- trabalhar para TER. O jovem passa a mocidade dele trabalhando para obter e quando chega aos 40/50 anos ele se sente vazio e com desespero. Como terá sido o OB? Limpo, honesto e tudo isso fica gravado no inconsciente. Ele consegue ter, mas não é feliz e aí ele se lembra e pensa em SER, ele sente que precisa existir. Ter ou Ser? Ser ou Ter? Qual é a ordem? Vejamos como é a vida dessas mulheres que quando moças passaram a vida nas ruas Vitória, Augusta, etc. Hoje as encontramos nas igrejas rezando “Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa”. Quem as culpa? Elas mesmas se culpam.
Os consultórios médicos estão superlotados, tudo dói, todos estão doentes, são as chamadas doenças psicossomáticas. Os médicos tentam explicar o que está acontecendo, mas o paciente não aceita e pergunta se ele pensa que ele está ficando louco. O homem é comodista, não pára para pensar, ele quer remédio. A injeção tira a dor, mas não tira a infelicidade e a insatisfação.